terça-feira, 6 de março de 2012

Como dizer a um homem: “gosto de você, mas não estou pronta para nada sério”?

“João, tem esse carinha aí. Ficamos. Curti e tudo, mas é meio que só isso. Umas ficadas, nada sério. Pra mim… Ele apaixonou. Ele quer mais. Tou precisando dizer isso a ele. Sabe? Dizer que ‘gosto de você, mas não estou pronta pra nada sério agora’. Igualzinho ao que vocês fazem sempre…

Sabe, João? Essa frase que os homens falam com a maior das facilidades pra uma mulher é tão difícil pra mim. Vocês são os mestres em ‘gostar da gente, mas não estar preparados pra nada sério agora’. Mestres… Eu não consigo. Mulher não consegue.

Acho sacanagem ficar com outros homens porque sei que existe esse cara apaixonado por mim, querendo namorar, sofrendo. E daí o que eu faço? Faço o que quase toda amiga minha diz que faz nessas situações: estou esperando. Até que ele pare de me curtir. Pra não machucar…”

Moças, a leitora Ilana, antes de partir, tem uma dúvida para multiplicar:
“João, minha pergunta é: o que eu faço? Como é que um homem escuta isto de ‘gosto de você, mas não estou pronta pra nada sério agora’? Diz aí, João: homem não topa essa, né? O que eu faço?”

UM FORA É UM FORA É UM FORA

Meninas, o que fazer?
Fácil. Assim: liga pro sujeito. Chama pra um café. Daí, senta. É olho no olho. Com doçura, um pouquinho de vergonha, mas firmeza total, você suspira, dá um golinho no chocolate, e diz isto: “Olha, gosto de você, mas não estou pronta pra nada sério agora”.
Igualzinho ao que a gente faz.


Então, você levanta. Escuta o que o sujeito terá para dizer. É possível que ele diga nada. É possível que ele diga tudo. É possível que ele seja rude, é possível que seja um biscoito de compreensão. Troquem um último adeus. E a vida seguirá.
Moças, um fora é um fora é um fora. Não tem jeito fácil. Não tem jeito certo. Não tem outro jeito. O que tem é jeito errado. E o jeito errado é enrolar. É não falar.
Quem dá adeus a uma promessa de amor, precisa fazer a coisa sem muito rodeio. Sem grosseria, claro. Sem pisotear a sensibilidade de quem recebe o passa-moleque. Mas você precisa dar esse tchau sentimental com clareza, sem deixar a coisa pelo não dito.
E posso te sussurrar uma coisa inesperada?
Por incrível que pareça, homens costumam ouvir esse tipo de fora de um jeito inesperadamente plácido. Homens costumam compreender. Homens costumam digerir supremos clichês. Ainda que por dentro o sujeito engrosse uma imensa raiva e uma colossal incompreensão, por fora ele costuma ficar um pouco triste e aceitar.
Taí uma suprema diferença entre os sexos. Homens apaixonados, acostumados que são em levar foras de segunda a sexta, sobretudo em fins de semana à noite e feriados, homens apaixonados são a tropa de elite na hora de receber uma carta de demissão amorosa.
Isso aí de esperar o sujeito deixar de curtir, de nada dizer, isso sim é uma imensa, uma suprema bobagem. Porque cria no rapaz falsas expectativas. Cria uma fantasia de amor. Cria uma paranoia.
Você sabe, minha doçura, e eu sei, que rejeição é o bálsamo, é o açúcar da paixão. O rejeitado tende a amar infinitamente mais. O rejeitado sonha. O rejeitado quer. O rejeitado, principalmente o homem rejeitado, se vê com fumos de herói, de conquistador, de um cara que fará o impossível: conquistar seu amor com insistência, luta e fé.

Um homem rejeitado, portanto, vai agarrar qualquer fiapo de chance que você oferecer.
Não ofereça.

COMO FAZER?

A hora de encerrar um amor, ou um quase amor, é uma hora sagrada. Sinceridade sempre e completa. Sem perder ternuras. Mas com firmeza. Tomar um não faz parte. Eu tomei, você tomou, nós tomaremos. Dentro dos maiores clichês estão as supremas verdades. Gostar de alguém e não estar pronto pra esse alguém, isso faz parte. Por incrível que pareça, nesse quesito homens estão escolados.

Vai doer. Ele vai responder por dentro, a você, as maiores ofensas. Vai gritar silenciosamente. Vai berrar um “você não sabe o que está perdendo”.

Mas ele vai entender.

Diga a ele.


Ps: Créditos para a Revista Marie Clarie

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